Você já se perguntou de onde vem o termo “gari”, tão comum no vocabulário brasileiro e que remete imediatamente aos trabalhadores responsáveis pela limpeza urbana? A origem é histórica e remonta ao século XIX, no Rio de Janeiro imperial.
Em 1876, o governo contratou o francês Aleixo Gary para organizar o transporte do lixo produzido na então capital do Brasil até a ilha de Sapucaia. O trabalho pioneiro de Gary ganhou notoriedade e, com o tempo, seu sobrenome passou a ser usado para identificar todos os funcionários encarregados da coleta de lixo no Rio e, posteriormente, em todo o país.
Mais de um século depois, o nome “gari” permanece vivo, simbolizando a dedicação e o esforço dos profissionais que enfrentam diariamente sol forte, chuvas, feriados e finais de semana para manter as cidades limpas. Apesar da persistência de maus hábitos de parte da população — os chamados “sujismundos” e “porcalhões” que ainda descartam lixo em locais inadequados —, os garis seguem firmes, prestando um serviço essencial à saúde pública e ao bem-estar coletivo.
Além dos garis, outro nome carinhoso surgiu na história da limpeza urbana brasileira: “margarida”. O termo começou a ser usado no início dos anos 1970, em São Paulo, quando a cidade enfrentou escassez de mão de obra masculina para a varrição das ruas. As mulheres que assumiram essa função passaram a ser chamadas de “margaridas”, em referência à flor, símbolo de beleza e leveza, características associadas à nobre missão de manter a cidade limpa.
Neste dia, fica o reconhecimento especial a todos os trabalhadores das Secretarias de Urbanismo do país — especialmente os da Região do Alto Acre — que se dedicam incansavelmente a zelar por nossos espaços públicos. Com alegria, simpatia e compromisso, eles são verdadeiros heróis urbanos.
Parabéns, garis e margaridas! Vocês fazem a diferença.