A Câmara de Brasiléia tem agradado em alguns aspectos, especialmente com a atuação de vereadores que demonstram compromisso e inteligência nas suas proposições. O vereador Zemar, por exemplo, tem se destacado por fazer indicações e reivindicações sempre com coerência e embasamento. Também vale destacar a vereadora Isabelle Araújo, que, além de sua postura firme, tem feito críticas pertinentes à gestão passada, da ex prefeita Fernanda Hassem — uma gestão que, aliás, muitas vezes parecia ser aliada, principalmente na campanha passada.
O vereador Almir Andrade, em parceria com a vereadora Lucélia Borges, também tem se mostrado atuante e comprometido. Vereador Djailson Américo tambem tem feito um bom trabalho nesse começo. Outros vereadores com mais experiência vêm mantendo seu espaço e contribuindo positivamente com o andamento da casa legislativa.
No entanto, há um contraste que não passou despercebido pela população: os benefícios aprovados logo no início da legislatura. O aumento do salário para R$ 9 mil causou estranhamento, principalmente em uma cidade como Brasiléia, com pouco mais de 30 mil habitantes. A mesa diretora, como se sabe, ainda recebe um valor maior, sem contar os acréscimos em eventos solenes. E aí surge a pergunta: era realmente necessário tudo isso?
O auxílio-alimentação, por exemplo, poderia ter sido destinado apenas aos funcionários efetivos da casa. E a contratação de assessores? Para quê? Qual o sentido de manter uma estrutura política inflada para dar conta de um município que, pela sua dimensão, não exige tanta complexidade administrativa? É como se fosse preciso uma cúpula superior para “administrar” os próprios vereadores.
A Câmara de Brasiléia tem um potencial enorme para fazer história nessa legislatura. Mas, infelizmente, começou com decisões que geraram antipatia entre os eleitores. Ainda há tempo de corrigir os rumos e mostrar que política também pode ser feita com responsabilidade e respeito ao dinheiro público.