O ex-procurador da Lava Jato perdeu o mandato de deputado por causa de decisão do Tribunal Superior Eleitoral
Deltan Dallagnol perdeu o mandato de deputado federal em julgamento que, na prática, durou pouco mais de um minuto. Ex-procurador da República e ex-coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, ele foi alvo de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira 16.
Na ocasião, o TSE entendeu que Dallagnol, que pelo Podemos foi o candidato a deputado federal mais bem votado no Paraná em 2022, deveria ter o mandato cassado porque teria “manipulado” a Lei da Ficha Limpa ao deixar o Ministério Público diante da possibilidade de ser condenado em algum processo administrativo.
Detalhe: no julgamento, apenas o relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves, votou de facto contra Dallagnol. Contra o então parlamentar, ele sustentou o seu voto em leitura que durou mais de 50 minutos. Na sequência, porém, nenhum outro ministro se manifestou oralmente.
Com isso, a decisão que resultou na perda de um mandato parlamentar foi tomada em pouco mais de um minuto pelo presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes. Ele declarou que a decisão contra Dallagnol se deu por unanimidade.
Além de Gonçalves e Moraes, a sessão que julgou o caso de Dallagnol contou com as presenças dos ministros Cármen Lúcia, Raul Araújo Filho, Sérgio Banhos, Carlos Horbach e Nunes Marques.