Acre tem a maior taxa de analfabetismo da Amazônia, mostra pesquisa do IBGE

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (8), pelo IBGE traz um dado que no mínimo deveria preocupar as autoridades do Acre: com 8,5% da população acima de 15 anos sem ler ou escrever, o Estado tem a maior taxa de analfabetismo da Amazônia. Sobretudo, o sistema educacional do Acre não atingiu as metas estabelecidas em 2015 para reduzir o analfabetismo.

São ao menos 57 mil pessoas que não leem ou escrevem às vezes o próprio nome. Apesar de tudo, essa taxa caiu 2022 ante a 2018, quando o analfabetismo atingia 11,3% da população acima de 15 anos.

Entre as 27 unidades da federação, as que mostraram as três maiores taxas de analfabetismo foram Piauí (14,8%), Alagoas (14,4%) e Paraíba (13,6%). Já as três menores taxas foram as do Distrito Federal (1,9%), Rio de Janeiro (2,1%) e de São Paulo e Santa Catarina (ambos com 2,2%).

No país, a taxa de escolarização das pessoas de 15 a 17 anos subiu de 89,0% em 2019 para 92,2% em 2022, ficando acima dos 90% pela primeira vez na série. Destacam-se as altas nas regiões Sudeste (5,0 pontos percentuais) Norte (3,3 p.p.) e Nordeste (3,1 p.p.), com estabilidade no Sul. Já a proporção dos que estavam na etapa adequada, isto é, que frequentavam ou haviam concluído o ensino médio, aumentou de 71,3% em 2019 para 75,2% em 2022.

“Nesse grupo etário, o aumento da taxa ajustada de frequência liquida é um importante avanço, uma vez que, normalmente, nessa etapa do ensino ocorre o crescimento do abandono escolar. Portanto, a expansão desse indicador aponta para a maior permanência desses jovens na escola”, comenta Adriana Beringuy, diretora do IBGE.

Embora tenham as menores taxas ajustada de frequência escolar líquida, Norte (68,1%) e Nordeste (69,3%) registraram os avanços mais intensos (5,9 p.p. e 6,0 p.p., respectivamente). Já o Sudeste teve a melhora menos intensa, 2,2 p.p., apesar de apresentar a maior taxa, 81,5%.

Destaca-se, ainda, a diferença nas taxas ajustadas por sexo e cor ou raça: 79,7% para mulheres e 71,0% para os homens, uma diferença de 8,7 p.p.; e 80,8% para as pessoas brancas, e 71,7% para pessoas pretas ou pardas, uma diferença de 9,1 p.p. Vale destacar também o avanço de 5,0 p.p. para pretos ou pardos em relação a 2019.

Raimari Cardoso

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