O Governador de São Paulo esteve em Brasília defendendo a privatização do Porto de Santos São Paulo esteve em Brasília defendendo a privatização do Porto de Santos
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve nesta semana em Brasília para discutir, mais uma vez, a gestão do Porto de Santos. Ele esteve reunido com o ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa.
No encontro, Tarcísio discutiu as prioridades paulistas no novo Programa de Aceleração do Crescimento, que deve ser anunciado pelo governo federal no próximo mês. A construção de um túnel ligando Santos e Guarujá, no litoral paulista, é uma das prioridades na região.
O governo estadual quer fazer a obra por meio de uma parceria público-privada, enquanto o Planalto acredita que a melhor alternativa é usar o Tesouro da União.
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, defende o argumento de que o Porto de Santos deve continuar com a gestão pública. Já o Estado quer privatizar. O tema reflete a diferença entre os governos acerca da gestão portuária.
O secretário de Projetos Estratégicos de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, defende a ideia de que o investimento da iniciativa privada elevaria as oportunidades na Baixada Santista, diminuindo, inclusive, a atuação do crime organizado na região.
Porto de Santos: “Não dá para perder tempo”
Durante uma entrevista à rádio Jovem Pan, em março, o governador paulista defendeu sua visão sobre a privatização do Porto de Santos. Na ocasião, ele admitiu que há uma visão divergente entre Estado e União. “Estamos procurando mostrar o porquê de a gente defender a privatização.”
“É a única forma de mobilizar uma quantidade muito grande de recursos em pouco tempo. Isso significa prosperidade ou pobreza, significa abrir postos de trabalho, mobilizar a área industrial de Cubatão, que ficou abandonada, aprofundar o canal, aproveitamento do turismo e de obras de mobilidade” para a região.
Conforme Tarcísio, a falta de investimentos, que seriam possíveis por meio da privatização, vai diminuir a competitividade do Porto de Santos e reduzir o protagonismo no país. “Não dá para perder tempo, a gente tem uma grande oportunidade na mão de mobilizar uma quantidade muito grande de recursos e gerar milhares de empregos. Do contrário, a gente vai condenar a Baixada Santista à pobreza”, argumentou.