PEC do Palácio quer retirar o ISE da Segurança e remanejá-lo para Assistência Social

O governador Gladson Cameli encaminhou a Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 4, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera o artigo 131 da Constituição do Estado do Acre e uma alteração a Lei Complementar nº 419, de 15 de dezembro de 2022, e a Lei nº 2.005, de 9 de junho de 2008, que visa desvincular a estrutura do Instituto Socioeducativo (ISE) do sistema da Segurança Pública com o objetivo remanejá-lo para a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASD).

A justificativa do Palácio Rio Branco para mudança é que transferir a atuação estadual no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE das áreas de competência da Segurança Pública para as faixas de Assistência Social e Direitos Humanos, considera que o SINASE é o conjunto de diretrizes que busca promover um atendimento socioeducativo de qualidade a adolescente sem conflito com a lei, visando a sua ressocialização e reinserção na sociedade.

” Essas medidas possibilitarão que as políticas relacionadas ao SINASE no Estado estejam alinhadas com as normas nacionais e internacionais de proteção dos direitos fundamentais dos adolescentes, promovendo um tratamento mais humano, respeitoso e inclusivo. Na esfera de organização administrativa, a SEASD tem como competência demandar sobre políticas estaduais de assistência e proteção social aos adolescentes e aos jovens, razão pela qual a vinculação à SEASD possibilitará que o Instituto Socioeducativo desempenhe sua vocação de reintegração dos jovens atendidos, por meio de um espectro de atividades que são essencialmente educacionais e reabilitadoras, oferecendo uma gama de oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para os jovens em reabilitação”, argumenta o governador em trecho das propostas enviadas a Aleac.

O governo reforça que os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia já adotaram medidas semelhantes ao vincular o Sinase à Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, o que reflete a importância dada à abordagem socioassistencial e aos direitos humanos na execução das medidas socioeducativas.

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