Por Jonys David (Ceará) O ALTO ACRE
A situação de insegurança gerada pela onda de arrombamentos que assola a cidade de Brasiléia, na fronteira do estado do Acre, chegou a um ponto crítico, levando os vereadores Arlete Amaral, Leomar Barbosa e Elenilson Cruz, juntamente com membros da comunidade, a ameaçar o fechamento da Ponte Wilson Pinheiro, conhecida como “Ponte da Amizade,” que interliga Brasiléia a Cobija, Departamento de Pando, na Bolívia. O motivo é a impunidade dos bandidos que roubam e escapam para o lado boliviano, onde a polícia brasileira não pode adentrar para realizar operações.
Nos últimos meses, a cidade tem sido palco de uma série de invasões a estabelecimentos comerciais e residências, deixando empresários e moradores atônitos. A falta de resposta eficaz por parte das autoridades de segurança tem deixado a população em estado de alerta constante, e a sensação de impunidade só aumenta.
Os vereadores Arlete Amaral, Leomar Barbosa e Elenilson Cruz têm sido vozes ativas na denúncia da insegurança e na busca de soluções para o problema que afeta profundamente a comunidade de Brasiléia. Eles argumentam que o fechamento temporário da Ponte da Amizade é uma medida extrema, mas necessária para chamar a atenção das autoridades estaduais e federais para a gravidade da situação.
Em uma coletiva de imprensa, a vereadora Arlete Amaral declarou: “Nossos cidadãos estão vivendo em constante estado de medo e insegurança. Os criminosos sabem que podem agir impunemente, fugindo para o lado boliviano, e isso precisa acabar. Estamos dispostos a tomar medidas drásticas para proteger nossa comunidade.”
A ameaça de fechamento da Ponte da Amizade pode gerar preocupação entre os moradores e estudantes no lado brasileiro, na Bolívia, que dependem da conexão com Brasiléia para diversos aspectos de suas vidas, incluindo trabalho e comércio. No entanto, os vereadores e a comunidade ressaltam que essa ação é um último recurso para pressionar as autoridades a agirem com mais eficácia contra a criminalidade.
A principal razão para essa medida drástica é a fuga dos criminosos para o lado boliviano, onde a polícia brasileira não tem jurisdição para persegui-los e realizar operações. Isso tem criado um ambiente propício à impunidade, o que aumenta a audácia dos bandidos.
As autoridades estaduais e federais estão sendo instadas a tomar medidas enérgicas para conter a onda de arrombamentos e garantir a segurança dos cidadãos de Brasiléia. A comunidade está cada vez mais determinada a não tolerar mais a insegurança que tem prevalecido na região e espera que as autoridades ajam rapidamente para restaurar a paz e a tranquilidade que tanto necessitam.
O futuro da Ponte da Amizade, que une Brasiléia a Cobija, depende agora das ações das autoridades e da resolução efetiva desse problema crescente de arrombamentos e impunidade, que transcende as fronteiras nacionais e afeta diretamente a vida da comunidade local.