Por Wanglézio Braga AcreNews
O pesquisador Davi Friale, editor-chefe do portal o Tempo Aqui, acredita que não há tendência a enchentes alarmantes neste verão, no Acre. Segundo ele, após estudos rigorosos, “analisando atuais condições da atmosfera global e da temperatura da superfície dos oceanos, principalmente do Atlântico, que é a origem das chuvas no Acre e nas áreas vizinhas, não conseguiu detectar qualquer tendência à ocorrência de chuvas muito acima da média, as quais provocariam inundações de proporções alarmantes”.
“Ocorrerão chuvas intensas, sim, porém, pontuais, como também haverá vários dias sem chuvas, com muito sol. Portanto, as chuvas e a temperatura, neste verão, que vai até o fim de março, estarão dentro da média para esta estação, podendo ficar cerca de 20% acima ou 20% abaixo dos padrões climáticos para o Acre. Esta variação para mais ou para menos está dentro da normalidade, pois, assim como não há duas pessoas idênticas no mundo, também não haverá dois anos ou dois verões com idênticas condições meteorológicas registradas”, analisou.
Friale aproveitou a ocasião para considerar que é de total imprudência dar uma informação meteorológica de proporções alarmantes sem o devido respaldo técnico e científico. “No entanto (lembramos sempre), não estamos prevendo que não haverá nem tampouco que haverá enchentes alarmantes no Acre. Ao contrário, nossos estudos apontam, sem que afirmemos, que não deverá ocorrer elevação acentuada do nível do rio Acre de forma a causar muitos prejuízos à população”, considerou.
Por fim, o pesquisador disse que caso ocorra a possibilidade de enchente alarmante informará à população com bastante antecedência. “Entretanto, caso venha a ocorrer uma enchente alarmante do rio Acre, do rio Juruá, ou de outros rios, informaremos, com, pelo menos, sete dias de antecedência, desde que os equipamentos da Agência Nacional de Águas estejam funcionando adequadamente em todos os pontos onde estão instalados para que possamos analisar e processar os dados registrados de chuva e do nível dos rios. A cautela, a responsabilidade e a eficiência são a nossa base ao dar informações para a população”, concluiu.