AGÊNCIA DE NOTICIAS DO ACRE
A Polícia Civil do Acre (PCAC) deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 5, a Operação Portas Abertas, uma investigação meticulosa sobre a rebelião ocorrida em julho de 2023 no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco. A ação, que mobilizou diversos órgãos da Segurança e da Justiça, teve como objetivo apurar possíveis irregularidades e esclarecer os fatos que resultaram na rebelião.
Em uma coletiva de imprensa conduzida pelo delegado-geral da PCAC, Henrique Maciel, acompanhado por representantes da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), foram divulgados os resultados iniciais da operação. A Justiça acreana, por meio da Vara de Delitos de Organizações Criminosas, expediu 12 mandados de busca e apreensão, resultando na prisão de um policial penal e no afastamento temporário de quatro outros, que estão sob investigação por um período de 120 dias.
Durante as diligências, foram apreendidos diversos celulares, que estão sendo investigados como parte das evidências, além de um aparelho DVR (digital video recorder). Esses dispositivos serão submetidos a análise minuciosa.
“A Operação Portas Abertas faz jus ao trabalho de investigação que identificou duas celas abertas com cadeados cerrados, simulando que estavam fechados. Até o momento, as partes suspeitas de terem facilitado a rebelião foram ouvidas, e foi detectada também uma possível alocação irregular no Pavilhão U, que é o corretivo”, disse o delegado titular da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), Roberth Alencar.
De acordo com Henrique Maciel, trata-se de um trabalho extremamente minucioso e complexo, que ainda não foi concluído: “Horas de filmagens passarão por uma análise detalhada pela equipe de investigadores, garantindo que todas as informações relevantes sejam consideradas, pois haverá novas fases da operação”.
A Operação Portas Abertas foi realizada pela Polinter, com apoio do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Polícia da Capital e do Interior (DPCI).