Partido político não é prisão perpétua

LUIS CARLOS MOREIRA JORGE – AC 24 HORAS

“QUAL o político no Acre que, nos últimos vinte anos, não comeu na gamela do PT?” A frase com a indagação é de uma das cabeças mais lúcidas da política acreana, o ex-deputado Narciso Mendes. É uma frase sábia, que quebra o debate idiota seletivo-ideológico, sobre quem é esquerda é que é direita na eleição municipal deste ano. As lideranças do PP, começando pelo governador Gladson (PP), já formaram nas fileiras de apoio aos governos do PT no estado, durante os 20 anos dos petistas no poder.

O senador Sérgio Petecão (PSD) só foi presidente da ALEAC, por ser na época aliado do PT.

O prefeito Tião Bocalom (PL) foi homem de confiança do ex-governador Jorge Viana (PT), como seu secretário de Agricultura.

O senador Márcio Bittar (UB) foi figura presente no palanque do então candidato a prefeito Angelim (PT), quando de sua primeira disputa pela PMRB. A candidata do deputado Roberto Duarte (REPUBLICANOS), era Marina Silva (PT).

O Marcus Alexandre (MDB), até outro dia, era do PT.

O senador Alan Rick (UB) foi da cozinha do ex-governador Tião Viana. Faço o comentário, para dizer que: não há problema nenhum de um político estar hoje em um partido e amanhã em outro. Estamos numa democracia. Filiação partidária não é prisão perpétua.

Por essas e por outras é que, a esmagadora maioria dos nossos políticos e empresários não têm hoje, como chutar a gamela do PT sem ser ingrato. Seria bocado comido, bocado esquecido. A política é dinâmica, já dizia o saudoso filósofo do Abunã, ex-prefeito de Plácido de Castro, Luiz Pereira. Ora, pois!

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