A reeleição de Jerry Correia como prefeito de Assis Brasil trouxe à tona uma polêmica após o anúncio do aumento do próprio salário, que agora supera o do prefeito de Fortaleza. Esse reajuste gerou um debate acalorado na cidade e nas redes sociais, com críticas de moradores e políticos locais, que questionam a ética e a justificativa para um aumento tão expressivo, especialmente em uma cidade de menor porte como Assis Brasil, no Acre.
Jerry Correia, em sua defesa, afirmou que o aumento segue normas legais e foi aprovado pela Câmara Municipal. Segundo ele, o reajuste é necessário para adequar os vencimentos à realidade inflacionária e às demandas da função pública. No entanto, críticos argumentam que o reajuste destoa das dificuldades econômicas enfrentadas pela maioria dos municípios pequenos, que sofrem com a falta de recursos para áreas como saúde, educação e infraestrutura.
O salário de Jerry Correia após o reajuste ultrapassa o valor por exemplo, recebido pelo prefeito de Fortaleza, uma capital estadual com uma população e orçamento significativamente maiores, o que intensifica as críticas.
Fortaleza é uma das cidades mais populosas do Brasil, com aproximadamente 2.428.678 habitantes, enquanto que a cidade da tríplice fronteira tem pouco mais de 8.500 moradores.
A comparação com grandes centros urbanos levanta questões sobre a proporcionalidade e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos, especialmente em cidades como Assis Brasil, que tem uma população e arrecadação muito inferiores.
Esse caso pode acabar ganhando repercussão maior, já que o tema de salários de prefeitos em cidades pequenas é um ponto sensível no cenário político brasileiro, muitas vezes visto como um reflexo de desigualdade no uso dos recursos públicos.