O Acre declarou emergência em saúde pública devido ao aumento significativo de casos de arboviroses, com destaque para a dengue, chikungunya e zika vírus. Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (8), a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) anunciou que o decreto oficializando a emergência será publicado em breve, após análise do Relatório Epidemiológico, que aponta um crescimento alarmante de doenças transmitidas por mosquitos.
Até a 52ª semana epidemiológica de 2024, o estado registrou 6.346 casos prováveis de dengue, representando um aumento de 19,3% em relação ao ano anterior. As cidades mais afetadas incluem Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Epitaciolândia. Além disso, um óbito confirmado no final de dezembro e 24 casos graves foram registrados. O aumento nas notificações levou à medida de emergência, embora não tenha havido crescimento no número de internações hospitalares.
O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, destacou que, apesar do aumento no atendimento aos pacientes, a situação não se compara à gravidade dos casos vividos durante a pandemia. “Nosso sistema de vigilância está ativo, monitorando os dados em tempo real. A boa notícia é que, apesar do aumento no número de atendimentos, a maioria dos casos não exigiu internação hospitalar”, explicou Pascoal.
Além da dengue, o Acre enfrenta um expressivo crescimento de casos de chikungunya, com aumento de 411,9%, e do zika vírus, que registrou 173 casos prováveis, marcando um crescimento de 49,5%. A circulação de outros vírus, como o Mayaro e o Oropouche, também representa um desafio adicional ao sistema de saúde.
O período chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito transmissor, agrava ainda mais a situação, colocando em risco principalmente crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades. O secretário reforçou a importância da população evitar sobrecarregar o Pronto-Socorro, buscando unidades de saúde municipais e UPAs para casos não urgentes.
Para mitigar os impactos dessa crise, o estado está implementando o Plano de Contingência para Enfrentamento das Arboviroses 2025, que visa uma resposta coordenada e eficaz para o controle e tratamento dessas doenças.
FONTE: AC 24 HORAS
Foto: Jardy Lopes/ac24horas