A Câmara Municipal de Brasiléia, que já ultrapassa 25 anos sem realizar um concurso público, enfrenta agora um novo dilema: os últimos servidores admitidos por meio de processo seletivo já estão se aposentando. Essa situação evidencia a urgência de atualizar o quadro funcional da Casa Legislativa, garantindo a entrada de novos profissionais por meio de meritocracia, algo que fortalece a eficiência e a transparência no serviço público.
Nesse longo intervalo sem concursos, a ocupação de cargos ficou à mercê de indicações políticas, promovidas principalmente por vereadores que ocupam a mesa diretora. Embora seja uma prática comum em diversas casas legislativas, ela compromete a credibilidade do órgão e não reflete os princípios constitucionais de igualdade de oportunidades e eficiência administrativa.
A ausência de concursos não é apenas um retrocesso na democratização do acesso ao serviço público, mas também um reflexo de uma gestão que privilegia interesses políticos em detrimento das necessidades dos munícipes. É importante lembrar que a modernização da gestão pública passa, inevitavelmente, por processos seletivos justos e acessíveis a todos os cidadãos.
Com o envelhecimento do quadro de servidores e a consequente perda de experiência e conhecimento institucional, a situação se agrava. É hora de a 16ª Legislatura agir e transformar esse cenário. A realização de um concurso público não só supriria a demanda por novos profissionais, como também marcaria a história de Brasiléia com um legado de compromisso com a ética e a transparência.
Fica o apelo para que o Ministério Público acompanhe e cobre essa mudança. A população merece uma gestão pública eficiente e inclusiva. Afinal, não se pode permitir que mais um mandato se encerre sem que a tão necessária renovação aconteça. Chegou a hora de Brasiléia virar a página e investir no futuro.