A brasileira Jenife Silva, de 37 anos, natural de Santana, no Amapá, foi encontrada sem vida em seu apartamento em Santa Cruz, Bolívia, na quarta-feira, 2 de abril. Segundo as investigações da polícia boliviana, a mulher foi vítima de estrangulamento, estupro e esfaqueamento. O principal suspeito é um adolescente de 16 anos, com quem Jenife mantinha um relacionamento. Ele se apresentou à polícia no último fim de semana, alegando que a vítima teria sofrido um mal súbito durante uma relação sexual, o que o levou a fugir do local.
Jenife havia completado recentemente o curso de medicina na Bolívia e retornou ao país para buscar seu diploma e colar grau, embora já estivesse residindo no Amapá. Ela deixa dois filhos.
De acordo com o jornal boliviano El Día, o corpo de Jenife foi descoberto pela proprietária do imóvel onde ela morava, Mery Virginia R.F. Preocupada com a falta de resposta aos seus chamados, Mery entrou no apartamento e encontrou a mulher deitada de bruços na cama, coberta por colchas.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou ao Correio Braziliense que está ciente do caso e mantém contato com a família de Jenife, oferecendo assistência consular e colaborando com as autoridades locais. Em nota, o ministério esclareceu que, em casos de falecimento de cidadãos brasileiros no exterior, as Embaixadas e Consulados podem fornecer orientações gerais aos familiares e auxiliar na comunicação com o governo local, além de cuidar da expedição de documentos necessários, como o atestado consular de óbito. O traslado dos restos mortais, conforme a legislação brasileira, é uma decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos.
Fonte: Correio Braziliense