Deputado Estadual Tadeu Hassem Lança Iniciativa para Apoiar Estudantes Brasileiros na Bolívia

Em tom de indignação, o deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta quarta-feira (21), para denunciar o que classificou como um verdadeiro ataque aos brasileiros que estudam no exterior, especialmente na Bolívia.

Hassem anunciou que está protocolando a criação de uma frente parlamentar em defesa dos acadêmicos brasileiros, a maioria estudantes de Medicina na cidade de Cobija. Só naquela região, três universidades abrigam aproximadamente 5 mil alunos, dos quais 4 mil são brasileiros, muitos deles acreanos.

O alerta veio após uma enxurrada de reclamações por parte dos estudantes, que estão sendo diretamente prejudicados pela Recomendação 001/2025 do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), que simplesmente ignora e não reconhece convênios com universidades bolivianas. A medida acendeu um sinal vermelho, jogando no limbo o futuro de centenas de jovens que sonham com a carreira médica.

Não podemos fechar os olhos! — disparou Hassem. — Estamos falando de milhares de famílias que investem tudo o que têm na formação de seus filhos. Essa decisão é cruel e precisa ser enfrentada com firmeza.

Embora tenha declarado respeito à autonomia do CRM, o parlamentar deixou claro que a situação exige reação imediata. Segundo ele, é inadmissível que o Estado permita que esses estudantes sejam tratados como profissionais de segunda categoria, simplesmente por terem buscado formação além das fronteiras.

Hassem também fez questão de agradecer ao deputado Pablo Bregense (PSD), que apresentou um projeto de lei autorizando o governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), a absorver estudantes em fase de internato, independentemente de sua formação ser no exterior.

O deputado fez um apelo direto aos colegas de parlamento:
Não podemos lavar as mãos! Está em jogo o sonho de milhares de jovens e o próprio futuro da saúde no nosso Estado. Precisamos enfrentar essa barreira burocrática com coragem e responsabilidade.

A criação da frente parlamentar promete abrir uma guerra institucional, envolvendo órgãos de classe, governo e os próprios estudantes, que não aceitam mais serem tratados como invisíveis.

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