A Nova Onda de Políticos de Rede: O Show de Ironias, Raiva e a Ausência de Propostas

Estamos presenciando em Brasiléia e no Brasil como um todo, o surgimento de uma nova geração de políticos, criados não nos movimentos sociais, nas associações de bairros, nas lutas populares, mas sim nas redes sociais. Uma geração que acredita que a política se faz com stories, memes, ironias, lacração e enfrentamento digital, muitas vezes vazio de conteúdo e, principalmente, de compromisso com a verdade.

Parece que para essa nova safra, o caminho para o poder é ser polêmico, debochar, desconstruir a imagem dos outros, espalhar meias verdades (ou mentiras inteiras) e gerar engajamento. Mas a pergunta que ecoa das ruas, das escolas, dos bairros e dos comércios é direta: até quando a população vai tolerar esse tipo de política?

Brasiléia tem dado um recado claro há alguns anos. A população já rejeitou, nas urnas, essa política raivosa, baseada na gritaria, na suposição, na fofoca política travestida de “fiscalização”. O eleitor daqui tem mostrado que quer projetos, quer ideias, quer gente que resolva, que fiscalize sim, mas com responsabilidade, com provas, com dados, e não com narrativas criadas para ganhar curtidas.

A política virou, para alguns, um palco de stand-up. E o povo? O povo não quer piada. Quer respeito, quer solução, quer ser ouvido. Ironia não tapa buraco de rua, deboche não leva médico para o posto de saúde, enfrentamento por engajamento não resolve a vida de quem espera um ônibus que não passa.

Essa política de palco e de rede, que troca o diálogo pela provocação, não constrói. Ela divide. Ela não traz desenvolvimento. Traz mais confusão, mais ruído, mais atraso. E aqui cabe uma reflexão urgente: se esses novos políticos acham que vão se manter no cenário apenas na base da gritaria digital, sem trabalho, sem proposta, sem resultado, estão fadados a amargar a rejeição, a mesma que a população já mostrou ter por esse tipo de conduta.

A política, senhores e senhoras, é feita com seriedade. É feita com propostas, com fiscalização fundamentada, com debate qualificado. Não é com suposição, não é com mentira, não é com discurso de ódio, nem com memes maldosos.

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