FONTE: O ALTO ACRE
O presidiário Alcinei Cunha de Oliveira, que responde a dois processos por roubo na Comarca de Brasiléia, conseguiu realizar mais uma fuga audaciosa, desta vez do presídio de Villa Busch, situado no Departamento de Pando, na Bolívia. As autoridades bolivianas confirmaram a evasão na manhã desta quarta-feira, 4 de junho, mas até o momento não divulgaram informações sobre como o ocorrido se deu.
Alcinei havia sido preso recentemente no país vizinho e estava custodiado em uma unidade prisional a poucos quilômetros da fronteira com o Acre. Esta é a segunda vez que ele escapa em poucos meses. Em março, o detento já havia conseguido fugir da ala psiquiátrica de um hospital na capital do Acre, em um incidente que ainda está sob investigação pelas autoridades brasileiras. Na ocasião, o caso ganhou destaque na imprensa local, levantando questões sobre a segurança nas instituições de saúde e no sistema penitenciário.
Após a fuga em solo brasileiro, Alcinei foi recapturado na Bolívia, onde as forças de segurança locais o detiveram novamente. Agora, com mais essa evasão, as preocupações aumentam tanto para as autoridades bolivianas quanto brasileiras, que se questionam sobre a facilidade com que o detento tem conseguido escapar da custódia. Essa situação acende um debate sobre a eficácia das medidas de segurança e a gestão das prisões em regiões de fronteira, onde a vigilância é frequentemente insuficiente.
A Polícia Civil e o sistema judiciário da Comarca de Brasiléia estão monitorando a situação de perto e aguardam informações adicionais das autoridades bolivianas para tomar as providências necessárias. A nova fuga pode complicar ainda mais o processo judicial de Alcinei, que já possui antecedentes criminais e agora acumula mais um episódio de fuga internacional.
É importante destacar que a Bolívia possui um sistema jurídico distinto, e as condições nas prisões do país são frequentemente criticadas por serem sub-humanas. Essa realidade pode influenciar a forma como os casos são tratados, levantando questões sobre a proteção dos direitos humanos dos detentos.
À medida que as investigações avançam, novas informações devem ser divulgadas. Entretanto, a pergunta que persiste é: até quando o sistema de segurança permitirá que indivíduos como Alcinei continuem a escapar impunemente, desafiando a justiça em ambos os lados da fronteira?
