“STF institui censura digital e senador reage: ‘Liberdade de expressão está sob ataque no Brasil’”

Uma onda de indignação tomou conta do debate político nesta semana após uma decisão controversa do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo críticos, oficializa a censura prévia no país. O estopim foi a derrubada do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que protegia plataformas digitais de responsabilidade automática por conteúdo de terceiros.

O senador acreano Márcio Bittar (União Brasil) foi um dos primeiros parlamentares a se posicionar contra o que chamou de “ataque direto à liberdade de expressão”. Segundo ele, a decisão do STF abre caminho para a censura terceirizada, automatizada e arbitrária, com graves riscos para a democracia.

“Estamos diante de um precedente perigosíssimo. A partir de agora, qualquer conteúdo publicado na internet poderá ser removido ou punido sem julgamento, apenas pela pressão ou por filtros automáticos. Isso é censura. Isso é inaceitável”, declarou o senador em vídeo divulgado nas redes sociais.

A mobilização contra a medida ganhou força nas últimas horas, com milhares de assinaturas em um abaixo-assinado virtual que foi levado por Bittar ao Senado. Ele promete atuar em duas frentes: propor uma nova regulamentação que garanta proteção à liberdade de expressão e articular uma resposta política ao que considera um “abuso de poder do Judiciário”.

A decisão do STF, sob a justificativa de responsabilizar as plataformas por discursos de ódio e desinformação, vem sendo questionada por juristas, parlamentares e defensores de direitos civis. “O combate às fake news não pode justificar um regime de censura prévia. Isso nos aproxima de regimes autoritários e sufoca o debate público”, argumenta Bittar.

O episódio reacende o debate sobre os limites da atuação do Judiciário em temas sensíveis e o papel das plataformas digitais na moderação de conteúdo. Para muitos, a decisão compromete a própria essência da internet livre, plural e democrática.

Organizações da sociedade civil, influenciadores e lideranças políticas pedem ampla mobilização da população para reverter os efeitos da decisão. “Se ficarmos calados, amanhã qualquer voz crítica poderá ser silenciada com um clique”, alerta o senador.

O caso promete esquentar o cenário político nas próximas semanas e levanta um alerta sobre o futuro da liberdade de expressão no Brasil.

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