Depois de seis dias de interdição, foi encerrado o bloqueio na ponte internacional que liga o Brasil à Bolívia, em Epitaciolândia. A manifestação foi organizada por estudantes da Universidade Amazônica de Pando (UAP), com sede em Cobija, capital do departamento de Pando, no país vizinho.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal Alto Acre, o protesto teve como principal motivação os reajustes nas mensalidades do curso, que chegaram a quase 150%, gerando forte insatisfação entre os acadêmicos, incluindo estudantes brasileiros que cursam Medicina na instituição.
Durante o período de bloqueio, apenas o transporte internacional foi afetado, provocando transtornos na região de fronteira. A paralisação gerou preocupação com um possível desabastecimento de alimentos e combustíveis, impactando diretamente a economia local e a rotina da população dos dois lados da fronteira.
As críticas dos manifestantes se concentraram principalmente na postura do reitor da universidade, que, segundo a imprensa local, teria minimizado a mobilização estudantil. Informações apontam que o dirigente estava em La Paz tentando negociar a situação com instâncias superiores da universidade.
A tensão aumentou nos últimos dias do protesto, quando motoristas de caminhões, temendo prejuízos com a perda de cargas perecíveis, ameaçaram aderir à paralisação caso as autoridades não apresentassem uma solução imediata. Com o fim do bloqueio, o tráfego na ponte internacional foi normalizado, mas o impasse entre os estudantes e a direção da universidade segue em debate.

