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Parlamentar do PDT teve endereços incluídos na nova fase da operação Sem Desconto, que apura fraudes bilionárias em descontos do INSS
O senador Weverton Rocha (PDT-MA) entrou no radar da Polícia Federal nesta quinta-feira (18) ao ter endereços incluídos na nova fase da operação Sem Desconto, que investiga irregularidades em descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS.
A apuração mira um esquema que pode ter causado prejuízos bilionários e é conduzida sob supervisão do Supremo Tribunal Federal.
Weverton é atualmente vice-líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado e ocupa posição estratégica na articulação política da Casa. Líder do Bloco Parlamentar pelo Brasil, formado por PDT e PT, ele relata pautas sensíveis ao Planalto, como a revisão da Lei do Impeachment e a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Eleito senador em 2018 pelo Maranhão, Weverton obteve 1.997.443 votos, uma das maiores votações da história do estado. No Senado, consolidou-se como um dos principais interlocutores do governo em temas institucionais e jurídicos, o que ampliou sua exposição política nos últimos anos.
Weverton iniciou a trajetória política no Executivo estadual. Entre 2007 e 2009, foi secretário de Esporte e Juventude no governo de Jackson Lago, também do PDT. Em 2010, concorreu a deputado federal e ficou como suplente, assumindo o mandato em 2012. Na eleição seguinte, foi confirmado nas urnas e permaneceu na Câmara até disputar e vencer a corrida pelo Senado.
A operação Sem Desconto, que agora alcança o senador, investiga um esquema de fraudes em descontos feitos diretamente nos benefícios do INSS.
Nesta fase, a PF cumpre 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares em seis estados e no Distrito Federal. As investigações buscam esclarecer a atuação de agentes públicos, intermediários e entidades associativas no suposto desvio de recursos de aposentados e pensionistas.
Até o momento, não há decisão judicial que atribua responsabilidade criminal ao senador. O caso segue em apuração no Supremo Tribunal Federal, instância responsável por investigar autoridades com foro privilegiado.

