Acre envia servidores da Saúde para ajudar vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul

Em pouco mais de uma semana, mais de 400 municípios gaúchos tiveram bairros inteiros engolidos por uma chuva incessante. A tragédia provocou muita dor, mas também gerou imensa mobilização. Todo o país se uniu em uma força solidária para levar assistência ao estado e o Acre não foi diferente.

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), enviou dois profissionais para integrar a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos servidores foi no dia 26 de maio e o outro no dia 7 de junho. Desde o início da situação emergencial, 364 profissionais — médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e assistentes sociais, entre outros — de 24 estados da federação e do Distrito Federal foram enviados pelo Ministério da Saúde (MS) ao estado gaúcho para atender vítimas das enchentes. Os enfermeiros acreanos Ramon Eleamen e Ualison Oliveira Pontes estão entre os profissionais destacados para a missão.

Enfermeiros acreanos Ramon Eleamen e Ualison Pontes integram a Força Nacional SUS no Rio Grande do Sul. Foto: cedida

“O envio de nossos profissionais ao Rio Grande do Sul é um gesto de solidariedade e compromisso com a vida. Estamos orgulhosos de poder contribuir com a experiência e dedicação dos enfermeiros Ramon Eleamen e Ualison Oliveira Pontes, que levam esperança e assistência aos que mais precisam neste momento de grande sofrimento”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal.

“O envio de nossos profissionais ao Rio Grande do Sul é um gesto de solidariedade e compromisso com a vida”, diz Pedro Pascoal. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

Natural de Tarauacá e servidor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2° Distrito de Rio Branco, Ramon já trabalhou no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Apesar de ser sua primeira operação em situação de catástrofe, possui experiência em operações humanitárias, tendo atuado em Roraima no ano passado.

Ramon é natural de Tarauacá e servidor da UPA do 2° Distrito de Rio Branco. Foto: cedida

O enfermeiro compartilhou um pouco de sua experiência no local: “Quando chegamos, nos deparamos com as águas já baixando, mesmo com a realidade muitos bairros alagados, pessoas desabrigadas ainda, e o cenário que a gente tem é de desespero, de pessoas que perderam tudo que tinham adquirido no decorrer de anos de trabalho, mas também vemos a esperança de um povo muito guerreiro, muito trabalhador. Viemos como suporte e apoio nesse momento, não só na parte medicamentosa, mas também de escutar, de cuidar, neste momento tão delicado que eles estão passando”.

Ualison Pontes, enfermeiro de carreira da Sesacre e também lotado na UPA do 2º Distrito, foi convocado pela primeira vez para esse tipo de missão. Foto: cedida

Já Ualison Pontes, enfermeiro de carreira da Sesacre e também lotado na UPA do 2º Distrito, foi convocado pela primeira vez para esse tipo de missão. E descreve sua experiência: “Tem sido incrível, é uma satisfação enorme fazer parte desta missão, vestir a camisa da Força Nacional do SUS. Nós, profissionais de vários estados, estamos contribuindo com o intuito de reforçar e apoiar as unidades de saúde que estão sobrecarregadas. Estou extremamente grato pela oportunidade de prestar assistência aos usuários que buscam os serviços de saúde e, de certa forma, ajudar neste processo de reconstrução do estado”.

Desde o início da situação emergencial, o Ministério da Saúde mobilizou 364 profissionais de saúde. Foto: cedida

Os voluntários da Força Nacional do SUS (FN-SUS) somam mais de 10 mil atendimentos à população gaúcha. Esses dados representam o acumulado de ações desde o início das operações no estado, em 5 de maio. São 10 hospitais de campanha, incluindo os geridos pelo Exército, para auxiliar no atendimento às vítimas. Atualmente, cerca de 143 voluntários da Força Nacional do SUS atuam em território gaúcho.

A mobilização nacional ilustra a solidariedade e a capacidade de resposta do Brasil em momentos de crise, com esforços conjuntos para minimizar o sofrimento e apoiar a reconstrução das comunidades afetadas.

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