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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou nesta quinta-feira (10) que o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas Fernandes (MA), será o novo ministro das Comunicações. Gleisi informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu Fernandes nesta tarde, acompanhado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho — que pediu demissão na terça (8) após denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) por suposto desvio de verbas
edro Lucas foi indicado para o cargo pelo União Brasil. Gleisi informou que o deputado pediu para assumir o ministério após o feriado da Páscoa. “O presidente Lula aceitou [a indicação] e fez o convite ao líder, para assumir. Ele tem que encaminhar algumas questões pessoais, de mandato e em relação à liderança da bancada. Nesse interregno, vai assumir [a pasta] interinamente a secretária executiva [Sônia Faustino Mendes], que já está no ministério interinamente”, afirmou a ministra.
Lula passou o dia no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, após retornar, na madrugada, de viagem internacional. O petista foi à 9ª Cúpula da Celac (Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), em Tegucigalpa, capital de Honduras.
Eventual reforma ministerial
Gleisi também declarou que não houve discussão a respeito de mais mudanças na Esplanada dos Ministérios. “O presidente Lula não falou nada sobre reforma, sobre ministérios. Apenas está conversando com as forças, mas não tem nada nesse sentido. Ainda vai decidir se vai ou não fazer [mais mudanças] e quando vai fazer”, destacou.
Ao longo da tarde desta quinta, Lula também recebeu no Alvorada o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), cotado para assumir uma pasta na gestão petista. “Não teve nenhuma discussão sobre espaços do PP no governo”, acrescentou Gleisi.
No início deste ano, Lula mudou o comando da Secom (Secretaria de Comunicação da presidência), após críticas públicas do petista à divulgação das ações do governo federal, de responsabilidade da pasta. O presidente demitiu Paulo Pimenta, à frente da Secom desde o início do mandato, e designou o publicitário Sidônio Palmeira, que comandou a campanha presidencial de Lula em 2022, para o posto.
No fim de fevereiro, o petista tirou Nísia Trindade do Ministério da Saúde e, no lugar, colocou Alexandre Padilha, que até então chefiava as Relações Institucionais. Com a ida de Padilha para a Saúde, Lula nomeou Gleisi, até então deputada federal e presidente do PT, para a pasta que cuida da articulação política do governo com o Congresso.
Ex-ministro
Juscelino Filho, que também é deputado federal pelo União Brasil do Maranhão, decidiu deixar o cargo após ser denunciado pela PGR ao STF (Supremo Tribunal Federal), na investigação sobre desvio de recursos públicos destinados a obras da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), quando ele era deputado federal.
A denúncia foi direcionada ao gabinete do relator do caso, ministro Flávio Dino, como apurou o R7. A defesa do ex-ministro negou as denúncias.
Segundo a investigação da Polícia Federal, Juscelino teria atuado para beneficiar uma empreiteira vinculada a políticos e apontada como parte de um suposto cartel envolvido em fraudes. As verbas em questão foram destinadas por meio de emendas parlamentares quando o ministro exercia mandato de deputado federal.