FONTE: AC 24 HORAS
Mobilização unificada reúne categorias da educação, saúde, segurança, fazenda e administração direta em frente à Aleac e Palácio Rio Branco
Na manhã desta quarta-feira, 25 de junho, representantes de diversas categorias do serviço público estadual do Acre se reuniram em ato de protesto em frente à Assembleia Legislativa (Aleac) e ao Palácio Rio Branco, sede do governo estadual. O movimento, que reuniu cerca de 300 servidores, cobra do governador Gladson Cameli a abertura de negociações salariais e sinaliza com indicativo de greve para a próxima semana caso não haja resposta do Executivo.
Organizado por sindicatos das áreas da educação, saúde, segurança pública (polícias civil, militar e penal), fazenda e administração direta, o ato faz parte de uma mobilização unificada articulada desde a última segunda-feira (23), quando representantes das categorias se reuniram com parlamentares na Aleac.
Entre os principais pontos da pauta de reivindicações estão:
- Aumento do valor do auxílio-alimentação de R$ 420,00 para R$ 1.000,00;
- Extensão do auxílio-saúde, atualmente exclusivo dos servidores da saúde, para todo o funcionalismo (ativos e inativos);
- Reajuste linear de aproximadamente 20% por meio da Revisão Geral Anual (RGA).
Durante o ato, sindicalistas se revezaram no uso do microfone de um trio elétrico para denunciar o que classificam como “descaso do governo com as pautas históricas” das categorias. Cartazes, palavras de ordem e gritos de protesto marcaram a mobilização, que coincidiu com a realização de uma sessão solene na Aleac em comemoração aos 50 anos do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC). A expectativa dos manifestantes era ocupar as galerias da Casa durante a solenidade como forma de pressionar os deputados e membros do governo presentes.
Em nota, o governo do Estado afirmou que a folha de pagamento está sendo mantida em dia e destacou que os servidores serão contemplados com um reajuste de 5,08% neste mês de julho — índice que, segundo o Executivo, tem sido aplicado anualmente desde o início do segundo mandato do governador Gladson Cameli.
Contudo, o governo também justificou as limitações orçamentárias ao lembrar que o Acre segue acima do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), conforme apontado no relatório do último quadrimestre divulgado em maio.
A mobilização das categorias promete se intensificar nos próximos dias. Caso o governo não sinalize com abertura de diálogo, os sindicatos devem anunciar oficialmente a deflagração de greve geral no início da próxima semana.