Imprensa internacional repercute operação da PF contra Bolsonaro

CNN BRASIL

A imprensa internacional repercutiu nesta sexta-feira (18) a operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que apura os crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional.

Bolsonaro passará a usar tornozeleira eletrônica, além de cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e finais de semana, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Além da tornozeleira e do recolhimento domiciliar, as medidas cautelares contra o ex-presidente também incluem a proibição de falar com embaixadores e diplomatas estrangeiros (não podendo aproximar-se de embaixadas), com os outros réus e investigados e proibição de acesso a redes sociais.

O New York Times divulgou a informação passada pelo advogado de Bolsonaro, confirmando o uso da tornozeleira eletrônica e o impedimento de usar as redes sociais ou se comunicar com o filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.

O jornal americano The Washington Post destacou que o ex-presidente será obrigado a usar tornozeleira eletrônica, creditando a assessoria dele.

“A medida ocorreu enquanto a Polícia Federal realizava buscas em sua casa e na sede de seu partido em Brasília, segundo pessoas familiarizadas com a ordem judicial”, escreveu o jornal.

O britânico The Guardian também destacou o uso da tornozeleira eletrônica, citando que “veredito de culpado é amplamente esperado para ex-presidente brasileiro acusado de conspiração para tomar o poder após perder a eleição de 2022.”

A manchete do espanhol El País citou um risco de fuga do presidente, que justificaria o uso da tornozeleira, e citou o processo que o conservador enfrenta.

Na Argentina, o La Nación reuniu todas as medidas impostas contra o ex-presidente e destacou a apreensão de R$ 22 mil nas buscas, além do celular e um pen drive de Bolsonaro.

A Fox News publicou uma matéria dizendo que a polícia fez buscas na casa e na sede política de Bolsonaro e acrescentou que o ex-presidente teria sido proibido de usar as redes sociais ou contatar outras pessoas sob investigação.

O Wall Street Journal ressaltou que o ex-presidente pode ser preso ainda este ano.

“Bolsonaro, ex-capitão do Exército que se tornou líder conservador, está sendo julgado e pode ser preso ainda este ano, após a polícia acusá-lo de planejar uma tomada de poder militar no país em 2022 e de conspirar para matar o presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu.

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