Procurador-geral acusa Eduardo Tagliaferro de quebra de sigilo profissional

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusou o ex assessor de Alexandre de Moraes o senhor Eduardo Tagliaferro de quebra de sigilo profissional. A declaração gerou repercussão no meio político, uma vez que Tagliaferro vem fazendo denúncias públicas sobre supostos bloqueios e censura de perfis em redes sociais, o que, segundo ele, teria ocorrido com a participação de membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Comparado por aliados ao ex-deputado Roberto Jefferson, que nos anos 2000 expôs detalhes do esquema do mensalão durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Tagliaferro atualmente vive na Itália, próximo à cidade de Milão. Mesmo à distância, ele mantém contato com parlamentares da oposição e jornalistas brasileiros por meio das redes sociais, onde tem divulgado suas acusações.

Durante participação em uma subcomissão da Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados, Tagliaferro afirmou ter colaborado em processos de bloqueios de perfis e adulteração de documentos para favorecer determinadas narrativas. Ele relatou que havia servidores que apontavam quais pessoas deveriam ser silenciadas nas redes sociais, em um mecanismo que ele comparou ao “dedo-duro” da época da ditadura militar.

“Na ditadura, a censura era exercida diretamente, impedindo jornais, rádios e artistas de se manifestarem. Hoje, ela acontece nas redes sociais, impedindo que conteúdos e opiniões cheguem aos internautas e seguidores”, disse.

As declarações trouxeram novos elementos ao debate sobre liberdade de expressão e regulação digital no país. Enquanto apoiadores de Tagliaferro reforçam o discurso de perseguição política, críticos questionam a validade e a forma como as acusações têm sido apresentadas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

cinco × três =