FONTE: ACRENEWS
O senador Márcio Bittar (PL) tem enfatizado frequentemente que sua reeleição em 2026 não será uma tarefa fácil. Essa declaração parece ser um apelo estratégico para chamar a atenção do eleitor conservador, diante das novas candidaturas que surgem e que podem ameaçar a permanência da direita no Senado nos próximos oito anos. Uma pesquisa recente do instituto Delta, em colaboração com a TV Gazeta, divulgada na sexta-feira, 7, sugere que Bittar está em uma posição relativamente confortável para se consolidar na disputa.
Os dados da pesquisa, que rapidamente se espalharam pelas redes sociais, mostram Bittar em uma posição de destaque, ocupando a segunda colocação. Especialistas em pesquisas indicam que os números mais relevantes são aqueles que refletem a espontaneidade e a rejeição. Na questão espontânea, ele aparece em segundo lugar, embora ainda distante do líder, o fenômeno Gladson Cameli (PP). Quanto à rejeição, apenas 7% dos entrevistados afirmaram que não votariam nele, enquanto 93% se mostraram abertos a considerar seu voto. Notavelmente, Bittar é menos rejeitado até mesmo que o governador Cameli, enquanto Jorge Viana (PT) lidera em rejeição, com 27,59% dos eleitores afirmando que não votariam nele de forma alguma.
Os números favoráveis a Bittar podem ser explicados por sua estratégia política. Desde o início de seu mandato, ele buscou conquistar a confiança dos eleitores ao se posicionar claramente em relação a seus ideais. Como um conservador e bolsonarista convicto, Bittar conduziu seu mandato de maneira organizada, semelhante à gestão de uma grande empresa. Seus oito anos de mandato foram planejados com metas específicas e discutidos em reuniões regulares. Edson Siqueira, um de seus principais assessores, afirma: “Aqui todo mundo é cobrado para que o mandato alcance o principal objetivo, beneficiar o povo lá na ponta.”
Graças à sua organização e ao conhecimento adquirido durante suas duas gestões como deputado federal, Bittar evoluiu de um simples defensor de emendas para um senador ativo e influente. Durante os quatro anos de governo Bolsonaro, ele participou de debates importantes e se destacou em comissões, consolidando sua posição entre os líderes políticos em Brasília. Essa visibilidade lhe rendeu prestígio e oportunidades, como a relatoria do orçamento da União, que permitiu a destinação de quase um bilhão em emendas para o Acre. Atualmente, não há obra em andamento no estado que não tenha a sua assinatura. A pesquisa da Delta reafirma sua força, superando as vozes de seus poucos adversários, que, embora barulhentos, não têm a mesma relevância.

