O verão, que teve início em 21 de dezembro e segue até 20 de março, deve ser marcado no Acre por temperaturas acima da média histórica e chuvas frequentes. A previsão acompanha a tendência esperada para grande parte da Região Norte e acende o alerta para o aumento do risco de eventos extremos, como tempestades com volumes concentrados de precipitação e rajadas de vento.
De acordo com os dados divulgados pelos institutos de monitoramento climático, a maior parte do Norte do País, incluindo o Acre, deve registrar chuvas acima da média durante o período. Em contrapartida, o Nordeste e áreas dos estados do Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro tendem a apresentar volumes inferiores ao padrão climatológico. No Centro-Oeste, as chuvas devem ficar entre a média e levemente acima dela, enquanto no Sudeste a tendência é de precipitações abaixo do normal.
Segundo o coordenador-geral de Ciências da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), José Aravequia, o verão é tradicionalmente a estação mais chuvosa em grande parte do Brasil. “É nesse período que se intensificam os eventos de tempestades severas, exigindo maior atenção dos órgãos de monitoramento e da população”, destaca.
Em relação às temperaturas, os modelos climáticos indicam valores acima da média histórica em grande parte do País, com desvios mais significativos na região central. Estados como Acre, Amazonas e Rondônia, além do centro-sul do Pará, devem enfrentar calor acima do normal. Já o Amapá e Roraima tendem a registrar temperaturas próximas da média.
Nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, as projeções também apontam para um verão predominantemente mais quente que o habitual. As análises integradas são consideradas estratégicas para o planejamento de setores como agricultura, gestão de recursos hídricos e ações da Defesa Civil.
A previsão para o trimestre de janeiro a março de 2026 leva em conta a expectativa de um episódio fraco do fenômeno La Niña, além das anomalias da temperatura da superfície do mar no Atlântico e dos modelos climáticos do Inpe, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

