FONTE: ACRENEWS
Uma pesquisa do instituto Data Control, encomendada pelo jornal A Tribuna e realizada entre os dias 1º e 6 de setembro em oito municípios que concentram mais de 70% do eleitorado acreano, mostra que a influência de líderes políticos sobre as eleições no estado apresenta forte contraste. O levantamento aponta que o apoio do governador Gladson Cameli e do ex-presidente Jair Bolsonaro tende a impulsionar candidaturas, enquanto o aval do presidente Lula e do ex-senador Jorge Viana gera maior rejeição. A margem de erro é de três pontos percentuais.
De acordo com os números, o endosso de Cameli aumenta em 46,4% as chances de um candidato conquistar votos, contra apenas 11% que consideram sua participação negativa. Para 38%, o apoio é indiferente, e 4,6% não souberam responder. O impacto de Bolsonaro também se destaca: 39,1% dos entrevistados afirmaram que votariam em um candidato apoiado por ele, enquanto 21,2% rejeitariam essa possibilidade. Outros 35,5% se mostraram indiferentes, e 4,2% não responderam.

Já no caso de Jorge Viana e Lula, os resultados são inversos. Apenas 22% aceitariam votar em alguém indicado por Jorge, contra 28,5% que rejeitariam o apoio. Para Lula, a situação é ainda mais desfavorável: só 16,4% declararam que seguiriam sua indicação, enquanto 46,1% afirmaram rejeitá-la.
O levantamento confirma que a popularidade de Gladson Cameli o consolida como o maior influenciador político do Acre, com peso eleitoral quase três vezes superior ao de Jorge Viana. Bolsonaro, mesmo sem mandato, mantém relevância significativa no estado. Em contrapartida, Lula enfrenta uma das maiores rejeições já registradas, reforçando a dificuldade do PT em reconquistar espaço político no Acre desde a ascensão do grupo de Cameli.
O cenário projeta vantagem para candidatos alinhados ao governador e ao campo da direita, ao mesmo tempo em que sinaliza risco para quem tentar atrelar sua imagem diretamente ao presidente da República.