FONTE: O ALTO ACRE
As obras de recuperação da BR-317, conhecida como Estrada do Pacífico, enfrentam sérias dificuldades por conta da suspensão de repasses financeiros. O trecho de 110 quilômetros entre Brasiléia e Assis Brasil, no Acre — considerado essencial para o escoamento da produção local e para a conexão comercial entre o Brasil e o Peru — segue em ritmo lento e com infraestrutura precária.
A interrupção parcial dos recursos destinados ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) resultou na paralisação de duas das três frentes de trabalho, restando apenas uma equipe atuando em trechos mais críticos. Segundo o DNIT, a previsão é de que os repasses sejam regularizados em breve, o que permitirá a retomada total das obras.
Além das condições ruins da estrada, que exigem cuidado redobrado de quem trafega pela via, duas pontes fundamentais para a integração entre os dois países ainda não saíram do papel. O superintendente regional do DNIT, Ricardo Araújo, afirma que as obras dessas pontes devem começar ainda este ano.
A lentidão nas melhorias impacta diretamente a segurança dos usuários da rodovia e representa um entrave ao desenvolvimento econômico da região. A BR-317 tem potencial para se tornar um importante corredor de exportação, possibilitando que produtos brasileiros cheguem ao mercado asiático via Oceano Pacífico. Enquanto isso, moradores e empresários seguem à espera da concretização de um projeto que há anos alimenta a esperança de progresso e integração regional.